18.1.17

Diário de Bordos - Lisboa, 19-01-2017

Estariam vinte e muitas, trinta e poucas pessoas no café Tati para ouvir o Gonçalo Marques e a sua banda Reiquiavique (não sei se ele grafa assim). Com a possível excepção de todos aqueles que hoje em Lisboa encontraram o amor das suas vidas (espero que muitos) ou ganharam o euro-toto-loto-milhões (decerto menos) essas pessoas foram as mais sortudas da noite.

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Há precisamente um ano estava em Atenas com temperaturas ainda mais baixas do que as que estão aqui.

Não sei que sentido dar a esta informação. Será um bom ou um mau augúrio?

Enfim: será um augúrio? Eu creio que não, pero que las hay...

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Este último mês foi um dos mais difíceis de sempre. Não quero dizer que não tenha tido piores. Já tive. Mas este vai para o pódio de certeza. O pior é ter acontecido tão perto da meta.

Melhor ver a coisa pelo outro lado: nunca me senti tão perto da meta.

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Diz-se frequentemente que os amigos são irmãos que escolhemos. São o inverso: irmãos que nos escolhem.

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Acabei Os Amantes e outros contos de David Mourão-Ferreira e comecei Jogos de Azar de Cardoso Pires. Não sou muito dado ao neo-realismo, mas forçoso é reconhecer que dentro do género Cardoso Pires é dos melhores.

Pelo menos consegue tornar legível o horror. Não é pequena proeza. 

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