18.12.20

Um lugar, tempo

A ideia é simples: fazer uma gincana com os corpos de ontem, hoje e amanhã. Ver quais são os mesmos. Ver-te estendida no chão do ginásio e pensar: "já te vi antes. Habitaste-me a memória desde quando ainda não te conhecia. Nela, memória, ficarás até depois de nunca, ou de sempre, como preferires. Eu direi ao relento que te guarde, fresca e sorridente, rugas ao canto dos sorrisos (é o lugar delas, eu sei). Dir-lhe-ei também que te estou grato e isso merece o teu lugar, o lugar que hoje ocupaste em mim, muito mais importante. O caminho é longo, tem altos e baixos. O tempo não é plano. Nunca foi. Já te vi antes de te ver e ver-te-ei depois. Tens um lugar no meu tempo e o meu tempo tem um lugar para ti."

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.