24.12.22

Diário de Bordos - Lisboa, 24-12-2022

Podem dizer o que quiserem, mas este foi um dos melhores natais da minha vida. Podemos dizer o que queremos, mas no fim da linha, no fundo do saco o que está são aqueles que conhecemos há mais tempo. Digo muitas vezes que uma das poucas coisas que admiro na aristocracia é o tempo, a noção de tempo com a qual ela vive. Desse ponto de vista, este foi um jantar nobre. Bem sei que o fio do tempo era curto; bem sei tudo e mais alguma coisa. Bem sei. Mas ter quatro quintos da fratria juntos, ter a maioria de sobrinhos e sobrinhas ao meu lado - muitas das quais não via há anos - não tem preço. Quem diz mal do Natal ou não percebe nada ou não tem família. Eu percebo e tenho e sinto-me feliz por isso.

Não sei se feliz é o termo correcto. Afortunado é. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.