12.9.23

Estética e mitologia ao largo de Carreço

Venho desde a Suécia a ver eólicas em todo o lado. Ele é no mar, em terra, no cimo de montes... em todo o lado. A poluição visual destas coisas é horrenda. O catolicismo pelo menos fez catedrais,  sempre são bonitas e homenageiam decentemente quem querem homenagear. Estas porcarias não passam de um tributo àquela grande, infinita frase: "não avançamos para a verdade. Mudamos de dogmas, é tudo".

O C. F. diria que cada século tem os preitos que merece. Não concordo. A nossa época não é pior do que a Idade Média, longe disso. Escolheu mal os seus mitos, simplesmente. 

(Em terra está um banco de nevoeiro espesso como um guardanapo de pano num restaurante de luxo e mesmo assim ainda consigo ver alguns daqueles monstros no topo de um monte. Daqui a pouco chego a um campo deles no mar. Maldito seja para sempre quem anda a poluir o mundo com estas coisas.)

PS - acabo de escrever isto e vêm golfinhos brincar com o barco. É verdade que ao fim de milhão e meio deles um tipo perde um pouco o entusiasmo pelos bichos; mas pelo menos servem para me lembrar que nem tudo o que é bonito desaparece forçosamente. 

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