30.1.21

Quatorze coisas que sei dela

1) O vírus existe. É natural e não uma invenção, o resultado de uma conspiração universal ou de um complot com vista a introduzir mudanças radicais na nossa forma de viver;

2) As consequências da Covid são mais graves do que as da gripe e exigem meios de tratamento mais pesados;

2 - a) Os protocolos hospitalares para tratamento da Covid implicam um acréscimo de  trabalho e de tempo no fluxo de pacientes através do hospital;

2 - b) Esses protocolos implicam uma diminuição do pessoal de saúde disponível;

3) O Sars-CoV-2 ataca maioritariamente grupos etários e pessoas com co-morbilidades bem definidos e conhecidos. Ou seja, grupos relativamente fáceis de isolar (desde que as pessoas, individualmente, o queiram);

3 - a) Mesmo dentro dos grupos de risco, a taxa de sobrevivência é esmagadoramente superior à letalidade;

4) É possível, face aos dados actuais, pensar que os contágios não são principalmente definidos pelos contactos mas sim por factores ambientais que desconhecemos (pelo menos em parte; já se viu que o vírus é sazonal);

5) É um facto iniludível que os confinamentos têm graves consequências sociais, humanas, económicas, psicológicas e de saúde geral da população;

6) Não há provas claras, inequívocas, de que os confinamentos, o uso generalizado de máscaras e as restrições à liberdade tenham um resultado positivo na contenção de contágios. Se tiverem, não é claro e inequívoco que os seus benefícios sejam superiores à destruição que provocam;

7) Passado um ano do início da pandemia, as vítimas continuam a ser as pessoas mencionadas na 3), o que significa que o foco da gestão ainda não está nos grupos de risco;

8) Ou seja: estamos a trocar um mal - resolúvel - num determinado e restrito grupo da população por uma catástrofe generalizada, de consequências transversais;

9) Estas decisões estão a ser tomadas com base em testes cujo falibilidade é elevadíssima e em critérios de atribuição de causas de morte baseadas nesses testes;

10) Há uma componente política muito grande na gestão da pandemia, componente essa que não existiu nas outras pandemias pelas quais a humanidade passou;

11) Os media não estão a fornecer uma informação isenta, precisa, objectiva e distanciada e estão a contribuir - propositadamente - para o clima de histeria que se está a viver,

12)  Os governos - pelo menos nos casos que conheço melhor, o português, o espanhol e o francês - não estão a ouvir especialistas com opiniões contrárias à narrativa vigente;

13) Instaurou-se um clima de censura na informação que limita o acesso a informações contraditórias.

14) Estamos a abrir portas a decisões governamentais que são um ataque às liberdades essenciais, portas essas que não sabemos se e quando serão fechadas. (Cf. a recente decisão do governo britânico de dar à polícia acesso aos dados médicos das pessoas. Isto é um precedente gravíssimo.)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.