24.4.21

Ar, liberdade

Sinto-me à vontade para falar da liberdade: é como falar do ar que respiro ou da água que bebo (sim, acontece). Também me sinto à vontade para dizer que não sou muito de colectividades, grupos, bandos, clubes. Gosto de associações porque me parece que é uma das melhores formas de organização de uma sociedade, não tenho nada contra os sindicatos, muito antes pelo contrário, se não forem organizações políticas, penso que os partidos são úteis - só não quero (ou não posso) fazer parte deles. 

Isto tudo para prefaciar a tristeza que sinto com esta história do 25 de Abril sempre, a cada um que vivo e já lá vão quarenta e sete: é tão pouco, não é? As pessoas contentam-se com a mediocridade em que vivemos? Chega-lhes? Não é o 25 de Abril que se deve celebrar, é a possibilidade de melhorarmos como país que ele nos trouxe. Somos um país livre, sim - mas corrupto, nepótico, oligárquico, pobre (passe o pleonasmo). Não podemos olhar só para a liberdade: seria como pensar que o ar é suficiente para nos manter em vida. Não é. É necessário, mas não é suficiente.

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