13.1.04

Uma saloiice ou duas

...exige, é certo, um enorme esforço de síntese (parafraseando um cartoon que li recentemente sobre as asneiras do Bush, e com o qual não concordo).

A primeira é, claro, esta histeria à volta dos centros de decisão nacional: mais vale uma empresa rentável em mãos espanholas que à beira da falência em mãos nacionais (isto não significa que sejamos geneticamente incapazes de gerir empresas, há muitas empresas nacionais muito bem geridas); mas eu refiro-me a saloiices mais saloias, mais terra-a-terra: e não me limitarei às recentes.

Comecemos por uma, maravilhosa: perto da Horta (Açores), na Ilha de S. Jorge, há um pequeno porto, muito bonito, chamado Porto das Velas. Um dia, a Câmara Municipal decidiu aproveitar um rochedo que está mesmo no meio do porto e ligá-lo à terra com um pontão, para fazer um cais para iates (há muitos barcos que estão na Horta e que vão às Velas num pequeno passeio de dia). As autoridades da Horta opuseram-se frontalmente:tinham medo da concorrência.

A Marina da Horta é praticamente incontornável para quem atravessa o Atlântico de Oeste para Leste, tem uma capacidade de mais de cem lugares, tem infrastruturas que permitem reparações, tem o Café Sport, tem aeroporto, tem supermercados, oficinas, mecânicos. O pontão do Porto das Velas teria tido, se tivesse sido construído, lugar para três ou quatro barcos... mas não foi construído, para não fazer concorrência à Horta.



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