5.1.08

Dor

Há momentos assim, em que a dor se torna espessa, visível, como um mar de lama, pesada como uma pedra da calçada no esófago, consistente, monolítica, de granito rugoso, ou basalto.

Felizmente, esses momentos são como o tempo: passam, e poucos traços deixam: na memória, a dor esbate-se como cores num dia de nevoeiro. Tudo passa, com o tempo: esteira de um barco num dia calmo, de pouco vento...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.