31.1.12

Reedição

"Já aqui deixei vários posts sobre o silêncio, que é uma coisa nobre e apreciável, e o não-dito, exactamente o contrário: cobarde, indigno, mal educado. Portugal é um país de não-ditos, mas não é um país de silêncios.

Esta verdade simples e, para mim, linear não deixa nunca de me magoar, apesar de a conhecer há anos e de cor. Tudo o que não compreendemos nos magoa (enfim, falo pelas almas sensíveis e frágeis como a minha).

Não consigo compreender como é que um povo (ou pelo menos uma burguesia) tão bem educada, tão cheia de chichis e cocós e maneiras e chás e saber viver e pergaminhos e mais meia dúzia de que os pariu não percebe que é preferível dizer uma má notícia, ou "não", ou seja o que for a ficar calado.

E o pior é que não quero perceber."

Isto é e vai ser um eterno espanto. Não consigo perceber bem se a razão deste comportamento é cobardia ou sadismo, se uma estranha mistura dos dois.

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