14.5.21

Diário de Bordos - Palma, Mallorca, Baleares, Espanha. 14-05-2021

Copos pré-prandiais em casa do J. C., tapa tardia na Chinchilla. «Sirvo-te porque és tu, senão já estaríamos fechados», diz-me Andrés. «Eu sei. É por isso que estou aqui», respondo com toda a sinceridade possível, que é muita. R. - a mulher de J. C. e uma dessas que tem a sorte (ou o azar) de ser macho por via do casamento com um amigo - disse-me que se quisesse mudar do antro onde estou e ir lá para casa teriam um quarto para mim. J. C. já me tinha proposto o seu carro, para quando eu precisasse. 

Na Chincilla como uma tapita de ibérico com dois copos de Ribera e penso na sorte. Isto anda tudo ligado.

Ou desligado.

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Hoje havia mais gente na rua depois da hora do recolher obrigatório. A vida retomará a primazia, mas os fdp que nos trouxeram aqui não serão punidos. Nunca: entre a liberdade de expressão e a legitimidade democrática encontrarão sempre um escudo. É revoltante, mas é assim. O contrário seria pior. Por muito que imaginar «pior» seja difícil. Talvez na Coreia do Norte, na URSS ou em casa do Dr. António Costa. (Isto é injusto, eu sei. Há centenas de Costas por esse mundo fora. Uns piores - poucos - outros melhores - imensos)

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Precisar de uma casa para os livros é pecado? Se sim, para que religião?

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.