29.7.21

Duas declarações de amor

Há nesta cidade recantos impossíveis, inimagináveis. Ao lado da sua mais bonita praça - a Plaça Mayor, que é também uma das mais bonitas que conheço no mundo todo que conheço - está a Plaça del Banc de l'Oli, pequeno agregado das diferentes formas de beleza urbana: laranjeiras, prédios tradicionais, prédios modernos, proporções perfeitas, restaurante Gustar, mulheres bonitas (e homens também, verdade seja dita, apesar de eu estar aqui).

Suponho que isto faz o encanto de Palma, mais do que o facto de ter sido fundada por um general romano chamado Menano ou ter sofrido dezenas - centenas? - de invasões de piratas. Estas ajudaram a fazer da cidade o que ela é hoje: desconfiada, fechada, reservada, resistente. Como aquelas mulheres bonitas que fazem tranças com as pernas, de tanto as entrelaçar quando estão sentadas: o parceiro só lhes vê o torso, mas as pernas estão trancadas a sete chaves. 

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E agora, Luís?

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De regresso ao velho Antiquari, onde já não vinha há muito tempo. Uma cidade é feita de velhos amores, como uma vida ou um andaime numa obra. 

Jazz, média luz, bom vinho. Só faltas tu, minha R. de mim. Que é um espinho sem uma flor?

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.