1.1.23

Diário de Bordos - Genebra, Suíça, 01-01-2023

Apesar - ou por causa - de nada fazer, os dias passam a uma velocidade vertiginosa. Ainda há pouco me levantei e já estou de novo pronto para dormir. Pouco mais fiz do que tratar da cozinha e cozinhar - se é que fazer um bife com batatas fritas pode ser considerado cozinhar. Pode.

Agora deito-me, não tenho luz para ler um livro mas posso ler e escrever disparates no FB (felizmente, mais estes do que aqueles) e penso que não tarda pego ao trabalho. Muito há que fazer, por isso mais vale aproveitar bem estes dias.

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Os quais foram de sol e amenos. O "chove, vírgula, claro" do outro dia foi uma clara injustiça. Bem sei que amanhã choverá de novo e por muito tempo, mas estes dois dias foram bonitos. Fica registado, para a próxima vez que o sarcasmo me tentar mais do que a precisão (tardará pouco).

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Ouvi a parte final do discurso de Ano Novo de Alain Berset, o actual presidente da Confederação. Sensato, moderado, para todos e não só para apaniguados. Pensar que o homem é socialista só me enche com ainda mais vergonha. António Costa é o traste que é por ser um canalha, não por ser socialista.

(De onde se conclui que o socialismo e a chuva em Genebra têm algumas coisas em comum.)

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Este ano de 2022 não foi fácil. Com excepção do Verão, em que trabalhei bem, o resto foi de espera e de desespero. Espero não conhecer outro assim, nos vinte que estatisticamente ainda tenho pela frente.

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