6.1.23

Terra incognita, o que há

Sabes muito pouco do que quer que seja e esse muito pouco inclui muitos erros, muitas asneiras, falsas ideias, preconceitos que um dia serão corrigidos. O pouco que sabes é ainda menos do que à partida supões. Tens uma sorte e só uma: sabes que não sabes. A vastidão do desconhecido não é para ti a terra incognita das cartas de antigamente. Por isso te é tão difícil ter certezas: o teu território é o da dúvida, o da hesitação, o da bengala branca do cego no passeio de uma rua que desconhece. O teu mundo, por assim dizer. Navegas nesse mar de abismos descontrolados, fendas nas quais só penetram o teu olhar perplexo e com ele a fraca luz do pouco que sabes. É insuficiente, mas é o que há.  

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.